A exposição agora patente ao público no Museu dos Transportes e Comunicações é organizada pela Fundação Rei Afonso Henriques (FRHA) com fotografias de António Sá. Esta parceria entre a FRAH e o Museu acontece no âmbito da sua exposição permanente COMUNICAR.
Nas suas deambulações em busca do mar, o rio Douro foi confiando à sua extensa bacia um património considerado único no mundo. Convidamo-lo a conhecer esta Rota através de uma exposição fotográfica que percorre os dez sítios classificados pela UNESCO como Património da Humanidade, existentes ao longo da Bacia Hidrográfica do Douro.
O Douro é sem dúvida uma região única, cheia de contrastes, mas de uma beleza esmagadora, obra de várias gerações reconhecida pela UNESCO em 2001 como Património Mundial da Humanidade. Situada no Norte de Portugal e regulamentada em 1756 (a mais antiga do mundo), a Região Demarcada do Douro ocupa uma superfície total de 250.000 ha ao longo da bacia hidrográfica do rio Douro. A vinha é a principal cultura com 45.000 ha divididos em três sub-regiões, distintas entre si por factores sócio-económicos e climáticos: Baixo Corgo; Cima Corgo; Douro Superior. Rodeada por montanhas que a protege dos ventos húmidos do Atlântico, o clima da região é caracterizado por invernos muito frios e verões quentes e secos. Os solos são derivados de xisto, pedregosos e pouco férteis, em que o homem teve uma influência decisiva na sua formação, através da fragmentação da rocha. Cultivada essencialmente nas encostas que acompanham o rio Douro e seus afluentes, a vinha pode ser: tradicional, com terraços ou socalcos suportados por muros em pedra; mecanizada, através de patamares horizontais (uma ou duas linhas) ou vinha ao alto, em que as linhas estão dispostas no sentido do maior declive.